Este é o PomPom.
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O PomPom é, infelizmente, um cliché ao qual já tivemos de nos habituar…. Caniche, velhote, magrinho… Foi encontrado no passado domingo, atropelado, com uma pata partida, em dor. Quem o encontrou tentou encontrar ajuda em várias clínicas veterinárias, mas num domingo à tarde e sem dinheiro para pagar o tratamento isso foi missão impossível. Desesperada, recorreu à União Zoófila que, no cumprimento da sua missão, o recebeu…
Vamos então agora aos factos (que muito nos entristecem):
●Domingo à noite o PomPom entra na UZ, com dor e esfomeado, de quem já andava perdido, sem comida há alguns dias; verificamos se tem chip… Não tem. A UZ coloca-o confortável e inicia diagnóstico e contacto com hospitais veterinários para consulta de ortopedia. O PomPom precisa de cirurgia.
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●Segunda-feira a “dona” do PomPom apresenta-se na UZ. Explicamos-lhe o cenário. A senhora telefona à filha e indica: “não vamos gastar dinheiro com um cão tão velho! Já gastámos uma vez. Ele anda sempre a fugir”. Explica-nos também que o PomPom não é levado à rua e que está no exterior da vivenda e que têm um Labrador que não dá estes “problemas”…
A UZ indica que o cão, pelas análises clínicas realizadas, poderá avançar para cirurgia e nada justifica o abate do animal, e que está a aferir soluções para a cirurgia (não pedimos nem UM euro aos “donos” do PomPom). A UZ não abate animais por terem patas partidas.
●Quarta-feira o PomPom é operado (a nossa urgência é, como sempre, tratar e eliminar o sofrimento).
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Nessa mesma tarde a filha da “dona” apresenta-se na UZ com familiares e indica que não autorizaram qualquer cirurgia…
Ora, pela indicação que recebemos de “não vamos gastar dinheiro no cão”, nós também não esperávamos que o fizessem…
Ainda ao fim dessa tarde comunicamos dando notícias do PomPom, explicámos o procedimento, e que dentro de 4 dias iria fazer penso, e que em 10 dias retiraria os pontos, com indicação de cerca de 1 mês a mês e meio de pós-cirúrgico. Convidámos a que o visitassem na UZ.
●Quinta-feira a “dona” do PomPom apresenta-se na UZ com a sua filha. O PomPom não tem chip nem boletim de vacinas… Ainda assim levamos a “dona” e a filha a visitar o PomPom à nossa enfermaria. Dizem-nos que o PomPom é delas e que o vão levar. Reafirmamos a necessidade de acompanhamento de ortopedista, mudança do penso, pós-cirúrgico, etc.
O PomPom é arrancado da nossa enfermaria à força… Entre ofensas e gritos, tentamos impedir a saída do PomPom e aí a situação escala, tornando-se física… (que tristeza… mas tudo real). Defendemos-nos, defendemos o PomPom. O PomPom ficou, a polícia veio, fomos ao hospital.
Não faremos qualquer análise sobre esta situação. Os factos estão aqui. Deixamos ao vosso critério.
Deixamos também, nas imagens, a publicação que a “família” do PomPom faz hoje onde afirma que a UZ lhes roubou o PomPom… Porque a UZ já tem poucas dívidas e precisa de andar a roubar cães acidentados para a dívida aumentar…
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Já iniciámos os procedimentos legais devidos sobre esta situação.
Obrigada pela vossa atenção.