Se quer adoptar um cão, ganhar um amigo para a vida, pergunte-se antes se está preparado para isto.
Está? Tem a certeza? Tem a certeza absoluta? Note que estar preparado para isto não é bater. É ensinar. E ensinar não é bater.
Há expectativas que ninguém, nem os cães, pode cumprir. Porque são absolutamente irrealistas, contrárias à natureza dos seres.
O Prince foi adoptado na União Zoófila há cerca de dois anos. Quem o adoptou tem os pés na terra. Não vive num mundo virtual, nem numa série americana. O Prince faz disparates. É a vida!
É a vida real! Feita de avanços e recuos, de vitórias e derrotas, de alegrias e tristezas, de dias bons e dias maus.
É melhor reconhecer que não se é capaz de lidar com isto, ou outros aspectos da natureza dos seres, do que adoptar para depois devolver, causando uma dor imensa a quem já foi tão magoado.
Se não for capaz de lidar com isto ou outros aspectos da natureza dos cães e dos gatos, por favor, não adopte! Deixe-os em paz!
Os animais podem fazer com que nos sintamos mais felizes, mas eles têm a sua própria existência, autónoma, ou seja, eles não existem para cumprir as expectativas que depositamos neles. Eles são o que são. Podem ser ensinados, aprendem, mas são o que são. E não a concretização das nossas fantasias sobre o que eles são.
Sê feliz, Prince. E aprende a não fazer disparates!